terça-feira, 30 de março de 2010

Tutorial: Script para criar uma pasta específica em todas as pastas de usuário /home

Ontem um amigo aqui do Gene que está dando um curso de banco de dados, precisava criar uma pasta chamada firebird em cada pasta de usuário. Dava mais ou menos umas 50 pastas. Ele ia fazer na mão coitado, daí fiz um script pra ele e funcionou, ele ficou feliz da vida.

Resolvi compartilhar com os leitores do blog. Espero que seja útil.  

Tutorial

Primeiramente precisamos obter todas as pastas de /home. Esta é a parte mais fácil, um comando ls resolve. Mas como percorrer estas pastas? Para isso podemos usar o comando for. Fica mais ou menos assim:
cd /home
for $arquivo in $(ls) 
do
done
 Em cada iteração do loop a variável arquivo é alimentada com o arquivo corrente. Agora precisamos saber se esse arquivo é realmente um diretório. Para isso podemos usar o comando test, assim:
if test -d $aquivo 
then
   
fi
A opção -d do comando test verifica se determinado arquivo é um diretório. Com isso conseguimos fazer o nosso script, que fica assim:

cd /home
for numero in $(ls) do
  if test -d $numero
  then
    mkdir $numero/firebird
    chown firebird $numero/firebird echo "Criado diretorio: $numero/firebird com permissão para firebird"
  fi
done

Legal né? E se a pasta firebird já existir em algum diretório? Blz, podemos resolver adicionando mais um if, assim:
cd /home
for numero in $(ls)
do
    if test -d $numero
    then
       if test ! -d $numero/firebird
       then
          mkdir $numero/firebird
          chown firebird $numero/firebird
          echo "Criado diretorio: $numero/firebird com permissão para firebird"
       fi
    fi
done
O ! no comando test serve como negação, o comando -d além de verificar se é um diretório serve pra gente saber se o diretório realmente existe. Bom essa foi a dica. Espero ter ajudado! T+

terça-feira, 23 de março de 2010

Criar e usar um repositório no SVN

Geralmente quando necessito criar um novo repositório no servidor SVN recorro a uma página na net que contém o passo a passo de como fazer.Resolvi duplicar um artigo aqui no blog para que essa importante dica não seja perdida.
Subversion é um software muito usado para controle de versões de sistemas. Muitas vezes desenvolvemos um projeto e precisamos ter um bom controle do seu versionamento, nesse caso o svn é uma ferramenta muito interessante.
Nesse documento estão descritas algumas maneiras de configurar um servidor svn e alguns comandos úteis para usá-lo.
Os pacotes necessários para a instalação e configuração são os seguintes:
  • httpd ou apache ou apache2 (depende da distribuição)
  • subversion
  • mod_dav_svn ou subversion-server ou libapache2-svn (depende da distribuição)
Partiremos do princípio que os pacotes necessários já estão instalados na máquina que será o servidor svn.

Criar um repositório svn no servidor

Nos passos abaixo usaremos um repositório chamado /svn, mas se desejar criá-lo em /home/usuario/svn, ou em qualquer outro local desejado, basta trocar /svn pelo qual será usado em seu servidor.
Antes de criar o repositório precisamos ter o diretório correspondente no sistema, por isso, use o comando abaixo para criá-lo:
# mkdir /svn
Agora vamos executar o comando necessário para criar o repositório /svn, vale lembrar que o comando abaixo deve ser executado em um diretório vazio, porém, já existente no sistema, pois o subversion irá apenas criar toda a estrutura necessária para o controle de versões, então execute o comando abaixo para tal procedimento:
# svnadmin create /svn
Vale uma observação aqui, até a versão 1.1 do subversion, o tipo de repositório padrão era o Berkeley DB, mas a partir da versão 1.2 o padrão passou a ser o FSFS. O suporte FSFS apareceu na versão 1.1. Na 1.0 apenas o Berkeley DB era suportado.
Para especificar o tipo do repositório pode-se usar o argumento --fs-type:
# svnadmin create --fs-type fsfs /svn
  # svnadmin create --fs-type bdb /svn
O repositório criado estará vazio e começará a contar a partir da revisão 0 (zero), a qual corresponderá à sua criação.
Para mais informações sobre o tipo do repositório acesse http://svnbook.red-bean.com/nightly/en/svn.reposadmin.html

Configurar o apache

O apache é usado porque além de ser o servidor http mais usual, através do módulo mod_dav_svn.so ele consegue acessar um repositório svn e torná-lo acessível para clientes que usam o protocolo WebDAV/DeltaV, (é o caso do comando svn, o qual veremos ainda neste documento), ele é uma extensão do protocolo HTTP.
Onde o arquivo de configuração, do subversion, é armazenado pode variar de distribuição para distribuição. Por exemplo, ele pode estar tanto em /etc/httpd/conf.d/subversion.conf, como em /etc/apache/conf/conf.d/subversion.conf, ou até mesmo em outro diretório.
Muitas vezes é possível localiza-lo através do comando locate:
# locate subversion.conf
Por isso, neste documento, trataremos o arquivo de configuração apenas por: subversion.conf.
Vamos abordar duas formas de configuração, são elas:
  • acesso irrestrito para leitura e escrita (sem senha)
  • acesso irrestrito para leitura e acesso restrito para escrita (com senha)
Antes de tudo faça um backup do arquivo de configuração original:
# cp subversion.conf subversion.conf.orig

Ajustar o dono do svn

Como vamos configurar o apache para o gerenciamento do repositório, é importante configurarmos o seu dono, pois estaremos lendo e escrevendo no svn através do protocolo HTTP.
Mude o dono do diretório /svn de root para apache:
# chown -R apache.apache /svn
Essa modificação é necessária para que o svn fique acessível via http. Caso o usuário root continuasse como dono do diretório e dos demais arquivos, o apache não teria permissões para acessá-los. Em algumas distribuições o usuário chama-se www ao invés de apache, verifique o nome do usuário do apache antes de executar esse comando.

Acesso irrestrito para leitura e escrita

Abaixo segue um exemplo de configuração do arquivo subversion.conf para o acesso sem senha. Use-o caso deseje configurar um servidor svn sem senha.
# inicio do arquivo subversion.conf
  
  LoadModule dav_svn_module     modules/mod_dav_svn.so
  LoadModule authz_svn_module   modules/mod_authz_svn.so
  
  
  DAV svn
  SVNPath /svn
  # desliga senha
  SVNPathAuthz off
  
  
  # fim do arquivo subversion.conf

Acesso irrestrito para leitura e acesso restrito para escrita

Abaixo segue um exemplo de configuração do arquivo subversion.conf para o acesso com senha. Use-o caso deseje configurar um servidor svn com senha para escrita.
# inicio do arquivo subversion.conf
  
  LoadModule dav_svn_module     modules/mod_dav_svn.so
  LoadModule authz_svn_module   modules/mod_authz_svn.so
  
  
  DAV svn
  SVNPath /svn
  # autenticando um usuario
  AuthType Basic
  AuthName "Subversion repository"
  AuthUserFile /etc/svn-passwd
  # qualquer operacao que nao seja leitura requer um  usuario valido
  
  Require valid-user
  
  
  
  # fim do arquivo subversion.conf
Mais informações sobre como configurar o arquivo subversion.conf

Criar o arquivo de senha

Se o svn foi configurado com senha, como em um dos exemplos acima, será necessário criar o arquivo /etc/svn-passwd, ou o correspondente da sua configuração, onde serão armazenados os usuários, os quais terão acesso de escrita no repositório /svn e suas respectivas senhas.
Ele pode ser criado por meio do seguinte comando:
# htpasswd -c /etc/svn-passwd root
O comando acima cria o arquivo /etc/svn-passwd e pede que a senha do usuário root seja informada.
Para adicionar um novo usuário pode-se usar o comando abaixo:
# htpasswd /etc/svn-passwd andre
O usuário digita a senha e o arquivo é automaticamente atualizado. Ou o usuário executa o seguinte comando:
# htpasswd -n andre
Envia o resultado do comando para o administrador do svn e ele inclui o usuário e a sua respectiva senha no arquivo correspondente.

Iniciar/Reiniciar o apache

Para efetivar as configurações e tornar o svn acessível através da url: http://nome_do_servidor/svn, precisamos iniciar o apache caso ele esteja parado ou reiniciá-lo, se ele já estiver sendo executado na máquina.
O comando abaixo reinicia o apache estando ele ligado ou desligado:
# service httpd stop && service httpd start
Observe que o comando pode ser diferente dependendo da distribuição que estiver sendo usada, ou seja, ao invés de httpd pode ser apache ou até mesmo apache2.
Agora o seu repositório svn já pode ser acessado, usando um navegador qualquer, através do link:
http://servidor/svn
Se o servidor svn foi configurado em sua rede, em casa, e não há nenhum dns configurado, para responder pelos nomes das máquinas, pode-se usar apenas o ip do servidor:
http://ip_do_servidor/svn

Alguns comandos úteis para manusear projetos no svn configurado

Após criarmos um repositório svn é interessante conhecermos alguns comandos que possibilitam o manuseio desta ferramenta.
Se uma das variáveis de ambiente $SVN_EDITOR, $VISUAL ou $EDITOR não estiverem definidas, provavelmente uma mensagem de erro, semelhante a que segue abaixo, será exibida ao tentar efetuar uma alteração no svn.
svn: Could not use external editor to fetch log message; consider setting the $SVN_EDITOR environment variable or using the --message (-m) or --file (-F) options svn: None of the environment variables SVN_EDITOR, VISUAL or EDITOR is set, and no 'editor-cmd' run-time configuration option was found
Para definir o editor de texto padrão, o qual será usado para escrever os logs dos commits, pode-se usar a seguinte linha de comando:
# export SVN_EDITOR='vim'
Acima definimos que o editor padrão será o vim.
Para que todos os usuários tenham essa variável configurada, basta adicionar a linha de comando acima no arquivo /etc/profile.

Criar um diretório no svn

Antes de adicionarmos um projeto em nosso repositório precisamos criar o diretório onde ele ficará armazenado. Pode-se fazer isso através do seguinte comando:
# svn mkdir http://servidor/svn/projeto

Importar um projeto para o svn

Algumas vezes já temos um projeto em algum canto de nossa máquina; Importe-o para o svn usando a linha de comando abaixo:
# svn import /tmp/projeto http://servidor/svn/projeto
O comando acima importará todos os arquivos do diretório /tmp/projeto para o repositório projeto em http://servidor/svn/
Uma outra maneira de executar o procedimento acima é acessar o diretório e então importá-lo para o svn:
# cd /tmp/projeto
  # svn import http://servidor/svn/projeto

Baixar um projeto do svn

Quando for preciso efetuar modificações em um projeto que já está no svn, antes é preciso fazer o checkout, ou seja, efetuar o download dos arquivos correspondentes ao projeto.
Efetuando o checkout:
# svn co http://servidor/svn/projeto

Efetivar alterações em um projeto do svn

Depois de concluídas as modificações necessárias precisamos colocar a nova revisão do projeto no svn, para isso precisamos efetuar um commit.
De dentro do diretório principal do projeto efetue o commit:
# svn commit

Listar arquivos de um projeto

Depois de efetuar várias mudanças em um projeto baixado do svn, é importante poder listar o seu conteúdo e saber quais arquivos estão armazenados e quais não estão no seu respectivo repositório no svn.
Para isso, execute o seguinte comando no diretório principal do projeto:
# svn list

Adicionar arquivos a um projeto

No decorrer de um projeto novos arquivos surgem e precisam ser adicionados no repositório svn.
Para efetuar essa operação pode-se usar o seguinte comando:
# svn add projeto.c
Quando o commit for efetuado, o arquivo projeto.c será adicionado à árvore correspondente do projeto em que estava trabalhando.

Remover arquivos de um projeto

A medida que arquivos vão sendo incluso no projetos, há a necessidade de excluir alguns.
Use o seguinte comando para efetuar tal operação:
# svn rm projeto.c
É possível remover um projeto inteiro do svn, para isto basta executar:
svn rm http://servidor/svn/projeto
Quando o commit for efetuado, o arquivo projeto.c será removido da árvore onde ele era armazenado e na nova revisão ele não fará mais parte do projeto.

Verificar as alterações antes de efetuar um commit

Na maioria das vezes é interessante, antes de efetuar o commit, verificar quais são as modificações. Para isso usamos o svn diff. Porém, se existirem muitas modificações, é preciso jogar a saída do comando para um editor de texto, sendo assim possível analisar todo o diff gerado.
Executando apenas o svn diff:
svn diff
Jogando a saída para um editor de texto, no caso o vim:
svn diff | vim -
Lembrando que o comando acima mostra as diferenças do diretório onde foi executado e o seu correspondente no svn. Para verificar todas as modificações de um projeto, basta executá-lo na raiz principal dele.

Verificar o log de um projeto

Muitas vezes esquecemos o que fizemos, por isso, ao efetuar um commit o svn sempre pede uma mesagem para ser adicionada ao log do projeto.
Para verificar os logs de um determinado projeto: efetue o checkout dele, acesse o diretório onde ele foi baixado e execute o seguinte comando:
svn log

Obter ajuda dos próprios comandos

Para verificar os comandos disponíveis use:
svn help
Uma série de comandos, possíveis, será listada. Para obter informções sobre um comando em específico use:
svn comando --help
Copiado na íntegra de: http://www.dicas-l.com.br/dicas-l/20050909.php

Montando compartilhamento Windows no Linux automaticamente

Depois de muito me debater com problema de permissões em compartilhamento de pastas no windows, resolvi postar a dica:



Adicione a linha abaixo em /etc/fstab:


//servidor/diretório /media/diretório cifs auto,noperm,credentials=/root/.autenticacao,rw,uid=0,gid=10000,exec,file_mode=0664,dir_mode=0775,iocharset=utf8 

A pasta será montada automaticamente ao inicializar a máquina. 

Neste exemplo, o arquivo com as credenciais do usuário está armazenado em /root/.autenticacao e possui o seguinte formato:
username=usuario
password=senha
O resultado é o compartilhamento montado no seu pc com acesso para escrita sem nenhum problema.

terça-feira, 16 de março de 2010

10 razões pelas quais o GIMP é melhor que o Photoshop

O Photoshop é uma plataforma completa para produção e edição não apenas de fotos, mas de uma ampla quantidade de atividades voltadas para o mundo do design. O Gimp é um editor de imagens simpático e funcional. Mas, tenho que fazer uma pequena observação aqui. Nunca usei o Gimp de maneira constante. Apenas instalei e dei uma olhada na interface gráfica, que não me atraiu nem um pouco. Porém, esse pequeno texto da Photofizz me chamou a atenção.

O autor levanta as 10 razões pelas quais o Gimp é melhor que o Photoshop. Se tudo for verdade, o pequeno software livre é uma boa opção para quem não quer gastar uma fortuna com a suíte da Adobe ou não quer navegar pelo mundo obscuro da pirataria. Vejam abaixo as razões levantadas:



01 – a primeira razão é a mais óbvia, como diz o texto. O Gimp é gratuito. Basta ir até a página do projeto e baixar o aplicativo. Nada de pagar e passar pelas várias fases de ativação do Photoshop;



02 – o arquivo de instalação do Gimp é bem menor que o do Photoshop, sem falar na instalação mais rápida e no pouco espaço ocupado no disco, tornando o aplicativo ideal para notebooks e netbooks. O Photoshop CS3 ocupa 296MB no meu disco rígido (sem contar os outros aplicativos da suíte, como o Bridge), enquanto o Gimp fica na casa dos 94MB;



03 – O Gimp pode ser executado em hardwares mais antigos e rodar perfeitamente em Mac, Windows ou Unix. O Photoshop pode rodar em máquinas mais antigas, mas vai ter um processamento mais lento por conta disso;



04 – O Gimp é mais amigável e possui um layout que pode ser personalizado segundo suas necessidades. O Photoshop está cheio de recursos que vão além da fotografia digital e pode confundir um usuário iniciante (isso é verdade, mas é por isso que a maioria dos fotógrafos está migrando para o Lightroom);



05 – arquitetura e fonte abertas, possibilitando que qualquer um possa produzir plug-ins para o programa, sem a necessidade de aprovação da equipe da Adobe (no caso do Photoshop);



06 – o processamento automatizado de imagens em lote no Gimp é muito superior se comparado ao Photoshop, dando mais flexibilidade ao trabalho do fotógrafo (essa eu vou ter que comprovar pessoalmente);



07 – o Gimp pode editar sem problemas arquivos no formato nativo do Photoshop (.PSD). Se alguém já começou o serviço ou você vai enviar para alguém que se utiliza do Photoshop, o Gimp da conta do serviço;



08 – atualizações gratuitas. Isso é meio obvio, mas é um ponto a favor do Gimp também. Você já baixou o software gratuitamente e também tem direito a todos os upgrades que estiverem disponíveis;



09 – você pode replicar os atalhos e a aparência do Photoshop no Gimp. Não encararia isso como uma vantagem propriamente dita, mas se você está acostumado a trabalhar com o programa da Adobe e vai migrar para o Gimp, esse é um motivo de conforto;



10 – o Gimp possui uma versão portátil igualmente gratuita. Sim, mesmo sendo pequeno, ainda é possível ter uma versão rodando em seu pendrive para se utilizar em qualquer computador;

Então, são razões fortes, mas não acho que convenceria um antigo usuário a dar o braço a torcer e se utilizar do Gimp para edição de suas fotos. Quem está entrando no mundo da fotografia digital e não tem intimidade com o Photoshop poderia encarar o software sem problemas. Mas, como disse no começo do texto, sou um leigo no assunto. Por isso estou me propondo um desafio. Durante os próximos 10 dias vou me utilizar apenas do Gimp para editar as minhas imagens em JPEG. Depois desse período, vou fazer um texto sobre minhas impressões.